Existem
alguns casais que podem viver brigando com frequência, apesar de orar, de ler a
Bíblia e de se amarem. Facilmente por qualquer bobagem se desentendem. E assim,
podem chegar ao ponto de se agredirem mutuamente por meio de palavras
proferidas com raiva e ressentimentos.
O
apóstolo Paulo faz a seguinte advertência: “Se vós, porém, vos mordeis e
devorais uns aos outros, vede que não sejais mutuamente destruídos.” –
Gálatas 5:15.
À luz da
Bíblia pode-se afirmar que é possível discordar sem brigar, discutir sem se
ferir, falar a verdade sem magoar.
Portanto é necessário que o casal reconheça que
possui maus hábitos na maneira de conversar (às vezes, herdados
imperceptivelmente de outras pessoas) e comece um processo espiritual de
colocar em prática algumas dicas bíblicas de comunicação em sua vida conjugal.
1.
1) NÃO FALAR O QUE ESTÁ ACONTECENDO CONSIGO
“Então,
lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui e
vigiai comigo.” – Mateus 26:38.
O exemplo
de Cristo em comunicar Seus mais íntimos sentimentos elucida a importância
psicoemocional do diálogo sincero e aberto em nossos relacionamentos. No
tocante ao casamento, entendemos que a comunicação pode fluir de forma íntima e
verdadeira se houver entre o casal uma base sólida de companheirismo,
compreensão, cumplicidade e confiança a ponto de poder expor para o outro, sem
ter medo, o que está acontecendo em sua mente e coração. Esse é o nível mais
íntimo de comunicação que um casal pode atingir em seu relacionamento: A
revelação do que está acontecendo consigo. Essa liberdade de expressão é
fundamental para se saber como fazer o outro feliz.
Ao
comemorar as bodas de ouro, certo casal foi entrevistado por um repórter que
desejava saber o segredo de um casamento tão duradouro. Então, sentindo-se
orgulhoso, o marido respondeu:
- Você
conhece o pão-bengala? A parte da qual mais gosto é o bico desse pão, mas desde
que nos casamos, eu o corto e dou para minha mulher. Essa atitude simboliza um
princípio do amor que sigo: primeiro ela.
Por sua
vez, a esposa respondeu: Eu não sabia disso. Eu não gosto dessa parte do pão, e
durante cinqüenta anos tenho comido por amor a ele. Agora que estamos sabendo,
finalmente, vamos comer a parte da qual mais gostamos do pão.
1. 2) VIVER MENTINDO E RECLAMANDO
“Deixando, pois, toda malícia, e todo engano,
e fingimentos, e invejas,
, e todas
as murmurações.” – 1 Pedro 2:1.
O amor, a
confiança e a verdade geram intimidade. Isso é um princípio: Não existe
intimidade num casamento sem verdade. Quando um dos cônjuges começa a mentir e
enganar o outro, às vezes, por medo de ofendê-lo, pouco a pouco vai se metendo
em situações cada vez mais difíceis. Por isso, Ralph W. Emerson disse: “Aquele
que profere uma mentira não pode avaliar em que enrascada se meteu, pois
precisará inventar mais vinte mentiras para encobrir a primeira.” E assim,
transformará sua vida conjugal em uma teia de mentiras, a qual mais cedo ou
mais tarde se romperá de forma dolorosa.
O casal
que não vive reclamando, e nem esconde nada um do outro atinge um excelente
nível de segurança e satisfação no relacionamento. Pois, a liberdade de falar a
verdade, com amor, proporcionará ao casal uma comunicação plena e saudável.
1.3)
NÃO PARAR PARA OUVIR
“Todo o
homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.” – Tiago
1:19.
Quando
temos pouca disposição para ouvir nosso cônjuge transmitimos a impressão de que
o que ele pensa e sente não são tão importantes para nós. E assim, quem não
quer ouvir se aborrece e quem quer falar se sente desvalorizado e rejeitado. Se
isso acontece com você, use um cronômetro mental e procure investir mais tempo
para ouvir seu cônjuge de duas formas: Por meio dos ouvidos (você ouve o que
ele está dizendo) e pelo coração (o que ele está sentindo). Desenvolva a
habilidade de ouvir seu cônjuge com interesse. Pare o que está fazendo e preste
atenção no que ele está dizendo, ainda que você esteja assistindo a uma partida
de futebol na televisão, ou seu seriado predileto (risos). Demonstre atenção
por meio dos olhos e da expressão facial e corporal. Ele vai se sentir amado,
valorizado, compreendido, aceito e apoiado. Essa atitude, ouvir mais e falar
menos, vale por mil “eu te amo!”. Se, de repente, não for possível ouvir o
outro naquele momento, diga-lhe: “Eu sinto muito não poder dar a atenção que
você merece agora, mas a gente pode conversar melhor tal hora.” Mulheres,
para evitar falar com as paredes, lembrem-se dessa dica: De acordo com o
terapeuta de casais Steve Stephens, geralmente a atenção de um homem dura três
minutos, depois disso é aconselhável fazer-lhe perguntas e tocar nele com
carinho, a fim de que ele mantenha a atenção no que você diz.
1.4) FALAR COM RAIVA
“Irai-vos
e não pequeis; não se ponha o Sol sobre a vossa ira.” – Efésios 4:26.
A
única forma de não pecar por causa da ira que está sentindo é estabelecer como
hábito a prática espiritual de nunca falar ou fazer alguma coisa com raiva.
Pois, 99,99% das vezes que falamos ou fazemos qualquer coisa com raiva erramos.
Por isso, dê sempre um tempo, pois a ira vem, mas passa se você não alimentá-la
em seu coração por meio de pensamentos e palavras. Lembre-se do que a Bíblia
afirma: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.” –
Provérbios 15:1. Suscita a ira tanto no coração de quem ouve como de quem fala.
Conta-se
que depois de muitos anos de economia, certo rapaz comprou seu primeiro carro.
Ele cuidava daquele carrinho “velho-novo” com muita dedicação. Um dia, ele foi
passar o final de semana na casa da namorada que morava em outra região do
país. Quando retornou viu que seu carro não estava como ele havia estacionado,
e mais, havia um arranhão numa das portas e o pneu estava baixo. Ficou mais
irado ainda, quando descobriu a causa de tudo: seu irmão havia usado o carro,
escondido. A fúria foi tão grande que ele decidiu ir ao encontro do irmão que
estava na faculdade. Ao tomar conhecimento, seu avô o chamou à parte e lhe
disse: Você se lembra quando pegou o sapato emprestado de seu irmão e o sujou
todo de lama? Você queria lavá-lo imediatamente, mas eu recomendei que
esperasse o barro secar, pois assim ficaria mais fácil limpá-lo? Então, espere
a raiva secar e depois vá falar com seu irmão. Dessa forma evitaremos briga em
família. E as brigas, meu querido neto, muitas vezes não resolvem os problemas,
agrava-os ainda mais.
1.5)
FALAR OU RESPONDER COM RISPIDEZ E AGRESSIVIDADE
“A
vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como
vos convém responder a cada um.” – Colossenses 4:6.
Em
qualquer situação esse é o princípio que deve reger nossa comunicação na vida a
dois. A maneira como falamos ou respondemos ao nosso cônjuge é mais importante
do que o que e como ele fala. Se a sua palavra ou resposta sempre for agradável
e temperada com pitadas de sal de sabedoria, de compreensão e mansidão
dificilmente haverá retaliação, feridas emocionais e ódio. Por isso, sempre
prefira falar ou reagir com sabedoria e delicadeza, ao invés de rispidez e
agressividade.
Certo
dia, o Sol e o vento estavam discutindo diante da natureza sobre qual deles era
o mais forte. De repente, surgiu um velhinho que estava caminhando em direção a
sua casa. O vento decidiu desafiar o Sol dizendo:
-
Aposto que consigo tirar o casaco daquele velhinho mais depressa do que você.
A
natureza pegou o cronômetro e o Sol se escondeu por trás de uma nuvem. Então, o
vento começou a soprar e quanto mais forte soprava, mais o velhinho se encolhia
embrulhando-se no casaco. Quando o vento quase ia se transformando em furacão a
natureza disse: - Basta! Assim você vai matar o velhinho.
Por
sua vez, o Sol saiu, olhou e sorriu para o velhinho. E este foi logo tirando o
casaco e enxugando o suor da testa com o lenço. Assim não só ficou provado que
o Sol é mais forte do que o vento, mas que a delicadeza é melhor do que a
fúria.
6)FALAR
SEM AVALIAR PRIMEIRO O QUE VAI DIZER
“As
pessoas sábias pensam antes de responder, as pessoas más respondem logo, porém
as suas palavras causam problemas.” – Provérbios 15:28 (Nova
Tradução na Linguagem de Hoje).
Não se
precipite! Exerça domínio próprio a ponto de ouvir, com equilíbrio emocional,
tudo o que seu cônjuge tem para lhe dizer. Não cometa o erro de interrompê-lo
porque isso poderá deixá-lo irritado. Não peça, impaciente, que ele fale com
calma porque isso é uma incoerência. Avalie sempre o que vai dizer. Não use o
silêncio como resposta porque isso poderá fazer com que ele pense que está
certo, ou que você o está menosprezando. É necessário falar, mas é importante
avaliar primeiro sobre o impacto que suas palavras irão causar no coração dele.
Por isso, o apóstolo Paulo aconselha: “Não digam palavras que fazem mal aos
outros, mas usem apenas palavras boas, que ajudam os outros a crescer na fé e a
conseguir o que necessitam...” – Efésios 4:29 (Nova Tradução na Linguagem
de Hoje).
6)FALAR
SEM AVALIAR PRIMEIRO O QUE VAI DIZER
“As
pessoas sábias pensam antes de responder, as pessoas más respondem logo, porém
as suas palavras causam problemas.” – Provérbios 15:28 (Nova
Tradução na Linguagem de Hoje).
Não se
precipite! Exerça domínio próprio a ponto de ouvir, com equilíbrio emocional,
tudo o que seu cônjuge tem para lhe dizer. Não cometa o erro de interrompê-lo
porque isso poderá deixá-lo irritado. Não peça, impaciente, que ele fale com
calma porque isso é uma incoerência. Avalie sempre o que vai dizer. Não use o
silêncio como resposta porque isso poderá fazer com que ele pense que está
certo, ou que você o está menosprezando. É necessário falar, mas é importante
avaliar primeiro sobre o impacto que suas palavras irão causar no coração dele.
Por isso, o apóstolo Paulo aconselha: “Não digam palavras que fazem mal aos
outros, mas usem apenas palavras boas, que ajudam os outros a crescer na fé e a
conseguir o que necessitam...” – Efésios 4:29 (Nova Tradução na Linguagem
de Hoje).
1.6) AMEAÇAR, CENSURAR, CRITICAR E
CONDENAR QUANDO O OUTRO ERRA
“Irmãos,
se alguém for surpreendido em alguma falta, vós, que sois espirituais
corrigi-o, com o espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também
tentado.” – Gálatas 6:1.
Quando um
dos cônjuges erra, não precisa que o outro lance contra ele as pedras da
crítica, censura, condenação e ameaças porque sua própria consciência já o
apedreja. Por isso, corrija-o, espiritualmente, com a brandura da sabedoria e
do perdão, a fim de que ele se sinta encorajado, por amor, a vencer seu erro.
Experimente essa fórmula bíblica, e você verá que ao plantar uma flor de
brandura no coração de seu cônjuge, surgirá um jardim de paz no seu casamento.
Creio que
estas dicas funcionam, no entanto, faz-se necessário que vocês:
1.
Orem. O salmista afirma: “Ainda a palavra me não
chegou à língua, e Tu, Senhor, já a conheces toda.” – Salmo 139:4. Uma vez que
é assim, clame do íntimo de seu coração, quando sentir-se tentado a falar de
uma forma que não deveria; “põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos
meus lábios.” – Salmo 141:3.
2.
Memorizem e recitem: “Como maçãs de ouro em salvas
de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.” – Provérbios 25:1.
3.
Pratiquem. Pois, a Bíblia afirma o seguinte: “Se
alguém entre vós cuida ser religioso e não refreia a sua língua, antes, engana
o seu coração, a religião desse é vã.” – Tiago 1:26.
Ibson
Roosevelt